22 dezembro 2011

Acará


ou mais conhecido como acarajé.

Eu queria muito que tivesse na minha festa Africana, mas fiquei uns dois meses procurando uma baiana pra fazer na festa e não consegui. Uma dificuldade para encontrar e as duas que encontrei não toparam a empreitada, seja por motivos familiares, seja por achar que não compensava. Acarajé é bem caro por aki.

Já que não consegui a baiana e tinha uma festa para realizar o jeito foi virar baiana.

Fiz um pouco mais de pesquisa na net e resolvemos testar a receita (eu e minha mãe maravilhosa).
Uma semana antes compramos os ingredientes e colocamos as mãos na massa mesmo.

1 litro de feijão fradinho e quase 1 kg de cebola.
1 processador e 1 batedeira e muita disposição.
Lá fomos nós. Feijão de molho de um dia para o outro (ante passado rapidinho no processador para quebrar para teoricamente facilitar a retirada da casca, que na verdade não saiu tão fácil então foi com casca e tudo.

No outro dia a labuta bate feijão cru com cebola e dá-lhe cebola, que a gente acha demais e na verdade é pouco, pode por mais, pois a medida certa são os dois ingredientes quase na mesma quantidade. Joga no processador até virar pasta e depois coloca a pasta na batedeira, bate e deixa descansar. O legal é fazer de manhã para fritar à tarde.

Azeite de dendê para fritar e descobrir que o recheio além de camarão e vinagrete, leva vatapá que eu comia na maioria das vezes mas não sabia que tinha esse nome. E vamos mais uma vez em busca da receita perfeita que nunca achamos, pois não queremos ficar na memória negativamente como tanto acarajé fraco que já comi que praticamente só tinha vinagrete e 1 camarão decorando kkkkk. Nada de murrinhagem nessa família. Na nossa receita além do já muito previsto tomate, cebola, leite coco, peixe para fazer caldo, pão (totalmente novidade pra mim) colocamos um monte de camarão misturado no vatapá para facilitar o serviço,  tanto do seco (tem mais sabor) quanto do limpo (não gosto de comer perninhas kkkk). Nosso vatapá dava pra comer purinho de tão gostoso e caprichado que foi feito.

O tabuleiro (como é chamada a cota de acarajé do dia) foi quase todo. Sobrou sim um pouco porque minha mãe parou a produção pois estava cansada demais com tanta fritura e eu amo acarajé mas azeite de dendê fede, tinha que dar um tempo pois havia outras gostosuras na mesa. De manhã foram embora mais oito unidades num piscar de olhos. Acho que eu devia ter deixado sobrar mais :)

Depois dessa experiência respeito muito mais as baianas pois é uma experiência "intensa" que precisa de tempo e dedicação e força e ouvido (imagine o barulho de feijão cru batendo no processador, é de estourar os tímpanos). Mas respeito muito mais a minha mãe (agora acarejeira de mão cheia)  por abraçar as minhas idéias e ralar no antes, no durante e no depois para poder proporcionar essa experiência fantástica pra mim e para meus amigos.

Também teve a galera que deu aquela super força pra servir os esformeados :) enquanto minha mãe fritava os quitutes deliciosos, porque não tem garçom, é todo mundo de casa, não temos tempo pra frescura.

2 comentários:

claudia disse...

/// Adorei sua historia pois gosto muito de acarajé vou chama ums amigos é copia sua receita te falo depois

Denise Campos disse...

Obrigada.
Adoro poder compartilhar todas essas experiências legais que vivo, esse momento foi muito especial pra mim devido ao aprendizado, problemas e alegrias que vivemos todos os anos quando definimos que tema fazer, é maravilhoso contar com a minha mãe e amigos em todo e esse processo.

Adoro acarajé e claro que não dava para passar sem na festa Africana.
Fico mais feliz ainda quando nossos experimentos dão certo.