10 março 2014

livro "Os pequenos homens livres" de Terry Pratchett


Título: Os pequenos homens livres
 Editora: Conrad 
Páginas: 262


Parece que escolhi uma das fotos mais normais do autor que gosta de fazer a linha bruxo nas suas aparições.
Comecei a ler este livro na Maratona literária Adeus 2013, mas só consegui terminá-lo no dia 02 de janeiro.

É um livro legalzinho sobre uma terra de fantasia onde uma adolescente aparentemente comum é treinada para assumir seu destino de bruxa e recuperar e defender os seres daquele mundo. Tem toda uma aventura, com troca de mundos, criaturas estranhas e uma rainha má. Mas achei bem teenager mesmo.

Mas tem alguns trechos legais, com pensamentos mais profundos ou engraçados que acho que vale a pena registrar.

“De qualquer modo, preferia as bruxas aos príncipes belos e convencidos, e especialmente às princesas burras e de sorrisos falsos, que tinham menos inteligência que um besouro. Elas também tinham lindos cabelos dourados, e Tiffany não. Seu cabelo era marrom, simplesmente marrom. Sua mãe dizia que era castanho ou, às vezes, castanho acobreado, mas Tiffany sabia que era marrom, marrom, marrom, igual aos seus olhos. Marrom como a terra. E o livro traazia alguma aventura para quem tinha olhos marrons e cabelo marrom? Não, não, não... só os loiros de olhos azuis e ruivos de olhos verdes ficavam com as histórias. Quem tivesse cabelo marrom provavelmente era um criado, lenhador ou algo assim. Ou uma leiteira. Bom, isso não ficaria assim, ainda que ela fosse boa para fazer queijos. Não poderia ser o príncipe e nunca seria a princesa. Ela não queria ser o lenhador, então seria a bruxa e saberia das coisas, assim como Vovó Dolorida...”

Havia apenas um lugar onde era possível, para alguém de uma família grande, ter privacidade, e esse lugar era a privada... havia uma vela lá dentro, e o Almanaque do ano anterior, pendurado num barbante. Os impressores conheciam seu público leitor e imprimiram o Almanaque em papel fino e macio.


“Muitas histórias eram altamente suspeitas, em sua opinião. Havia aquela que acabava quando as duas crianças boas empurravam a bruxa para dentro de seu próprio forno. Tiffany ficara preocupada com isso depois de toda a confusão em torno da senhora Vorazla. Histórias como essa faziam as pessoas pararem de pensar direito, disso tinha certeza. Ela lera esta e pensara: Como assim? Ninguem tem um forno grande o suficiente para que uma pessoa inteira caiba nele, e o que fez as crianças acharem que podiam sair por ai comendo a casa dos outros? E porque um garoto tão burro a ponto de não saber que uma vaa vel muito mais que cinco feijões tem o direito de assassinar um gigante e roubar todo seu ouro? Sem mencionar o fato de ter cometido um ato de vandalismo ecológico.”

"- A gente nunca fica perdido! Sempre assimilamo onde tamo! só que, às vezes, talveis, num temo certeza de onde as outras coisas tão. Mas num é culpa nossa se todas as outras coisas se perderam!"

"Não é de se admirar que as pessoas sonhem ao longo da vida. Estar acordado e ver tudo como realmente é ... ninguém poderia suportar isso por muito tempo."

"É assim que nos sentimos sempre, pensou. Passamos sonâmbulos pela vida. Como poderíamos viver se estivéssemos sempre tão despertos?"

"O certo sobre a bruxaria é que não é nem um pouco como uma escola. Primeiro, você faz a prova. Depois, passa anos descobrindo como conseguir passar. É um pouco como a vida nesse aspecto."

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