02 dezembro 2015

Vídeo: Quem é você Alasca? John Green


Postei um vídeo com meus comentários sobre a leitura deste livro:


Título: Quem é você, Alasca? O primeiro amigo a primeira garota, as últimas palavras
Autor John Green
Editora Martins Fontes
Páginas:  240
Tradução: Rodrigues Neves


Trechos interessantes:

Pior do que uma festa onde não aparece ninguém é uma festa à qual só vão duas pessoas imensamente, profundamente desinteressantes.

François Rabelais era poeta, suas últimas palavras foram: "Saio em busca de um Grande Talvez"

O sol me queimava, atravessando minhas roupas e entrando pela minha pele com uma violência que me fez temer genuinamente as chamas do inferno.

É claro que isso não aconteceu. Nada acontecia como eu imaginava.

Nada seria mais agradável do que renascer como alguém sem passado.

Imaginei se encontraria ali o Grande Talvez ou se tinha cometido um grande erro.

Tinha um metro e cinquenta e nada mas era bem feito de corpo, como um Adonis em escala reduzida.

A biblioteca enchia as estantes e transbordava em montes de livros que chegavam à cintura, empilhados desordenadamente. Se um deles tombasse, pensei, o efeito dominó poderia engolir nós três numa massa asfixiante de literatura.

Esse é o mistério, não é? O labirinto é a vida ou a morte? Do que ele está tentando escapar - do mundo ou do fim do mundo?

Mas eles pareciam inteligentes demais para serem as pessoas erradas.

Quando você está caminhando assim, de noite, às vezes não bate um medo e uma vontade de voltar correndo para casa por mais bobo e embaraçoso que isso seja?

Sentindo - provavelmente pela primeira vez na vida - o medo e a empolgação de viver num lugar onde nunca se sabe o que vai acontecer ou quando.

Passamos a vida inteira no labirinto, perdidos, pensando em como um dia conseguiremos escapara e em quanto será legal. Imaginar esse futuro é o que nos impulsiona para a frente, mas nunca fazemos nada.

Às vezes perdemos as batalha, mas a farra sempre ganha a guerra

Desabei no beliche de baixo, pensando que, se as pessoas fossem chuva, eu era garoa e ela um furacão.

O medo não é uma boa desculpa, ela gritou para o sofá. O medo é a desculpa que todo mundo sempre dá.

Não suportavam a ideia de que a morte fosse um grande e escuro nada, não suportavam a ideia, acreditavam na vida após a morte porque não suportavam a alternativa.

Na maioria das vezes as pessoas morrem como viveram. Então suas últimas palavras me dizem muito sobre quem elas foram e o que fizeram na vida para merecer uma biografia.

Não havia ar nem sangue em sua cabeça, apenas desespero.

Nada é instantâneo. Arroz instantâneo leva cinco minutos, pudim instantâneo uma hora. Duvido que um instante de dor intensa pareça instantâneo.

Ela ficava triste e falava sobre a porcaria do peso opressivo da tragédia ou qualquer coisa assim, mas nunca dizia o que estava errado, nunca dizia o motivo porque estava triste. Acho que a pessoa precisa de um motivo.

As horas mais divertidas, agora, pareciam sempre preceder a tristeza, pois era justo nos momentos em que a vida voltava a ser o que era quando ela estava entre nós que sentíamos todo o impacto de sua ausência.

Eu não era religioso, mas gostava de rituais. Gostava da ideia de poder ligar uma ação a uma lembrança.


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