22 maio 2011

"Não me culpe por eu não ser o que você acha que eu sou"


Muito menos me acuse de ser mentirosa ou ter te enganado por ser diferente daquilo que você pra si mesmo me rotulou. Acho injusto você me ofender ao se surpreender que rejeito esta “forma”que separou pra mim.
Simplesmente não me cabe ali.

E é você que não sabe. Não porque escondi ou quis parecer ser algo, mas porque você sempre me olhou com a mesma lente que já não me refletia

Eu nunca quis enganar você (s), apenas fui vivendo a minha vida sem me preocupar se o “rótulo certo”transparecia.

Simplesmente vivi.

Vivi coisas que você nem sabe

Por que não estava lá, porque não quis saber, porque não tinha que saber, porque não lembrei de contar ou porque simplesmente não deu. Não importa, o que importa e que vivi e você também viveu um monte de coisas que fizeram de você quem é.

Vivi coisas que nem eu imaginei que viveria, estive em lugares e momentos que nem eu esperava. Estive em vários lugares que eu sempre quis estar, realizei vários sonhos que eu desde criança queria realizar, troquei outros tantos por outros bem maiores ou bem melhores, conheci um monte de gente com quem nunca mais vou encontrar, carrego comigo outro tanto que não quero mais largar.

Nem sei bem o que você acha de mim, mas acho pouco o que você usa para me definir

Eu nunca te disse que eu era assim.Você não me perguntou se eu era assim. Achou que eu era, concluiu que eu era e agora quer exigir que eu seja. Porque? Não posso. Não consigo. Não quero. Não sou.

Se me perguntasse eu te responderia, como te disse “não sou”. Ou “não sou SÓ isso”.

Pois não acredito que ninguém é 100% qualquer coisa, nem bom, nem ruim, nem calmo, nem estressado, nem tímido, nem expansivo..., acredito que cada um de nós é a mistura de muitas coisas e mesmo essa mistura é tão mutante! Pois as dosagens vão diminuindo/aumentando ao longo da vida. Em alguns momentos somos mais felizes, em outros mais tristes, por vezes preguiçosos, outras vezes tão empreendedores, tantas vezes tolos e outras muitas geniais, tão belos e feios, compulsivos e econômicos...
Tudo numa mesma estação, sou um monte de mudança.
Você não?

Eu sou. Eu sou um monte de coisa. E eu sou mutante. Demorei para me reconhecer como tal, mas hoje eu sei que “nunca” e “jamais” só existem pra mostrar que estou enganada e posso amar o que odiei e odiar o que amei, amar mais e mais ou adaptar ao cotidiano

Já odiei cor de rosa. E vivi de tons pastéis. Já quis tudo preto e branco. Já amei tudo azul e achei amarelo uma cor descabida.
 No momento estou encantada com o arco-iris.

Por isso não sei te dizer se sou isso ou aquilo, pois sou várias e estou em constante revolução.

E só tem duas coisas absolutas sobre mim:
Sou Denise e durmo de meia, muito prazer!

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